Os efeitos do sono na pele e na qualidade de vida

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Você já deve ter ouvido várias vezes que o sono está diretamente relacionado à saúde, mas sabe o porquê?

As psicólogas e pesquisadoras Mônica Rocha Müller e Suely Sales Guimarães escreveram um artigo chamado “Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário e a qualidade de vida” – e ele fala exatamente sobre isso.

No texto, elas explicam: “As conseqüências dos distúrbios de sono se desdobram em pelo menos três níveis subsequentes que afetam a qualidade de vida da pessoa acometida”.

No primeiro nível estão o que elas chamam de “variáveis proximais ou biológicas”. Em outras palavras: alterações fisiológicas imediatas como cansaço, fadiga, falhas de memória, dificuldade de atenção e de concentração, hipersensibilidade para sons e luz, taquicardia e alteração do humor.

Depois vêm as “variáveis mediais ou funcionais”. Aquelas observadas a médio prazo, como: aumento do absenteísmo no trabalho, aumento de riscos de acidentes, problemas de relacionamento e cochilo ao volante.

Por fim, aparecem as “variáveis distais ou extensivas”, que se desdobram a longo prazo. São exemplos: perda do emprego, sequelas de acidentes, rompimento de relações, surgimento e agravamento de problemas de saúde.

A dissertação da pesquisadora Vanessa Kahan, “Efeitos da privação e da restrição de sono na integridade da pele“, aponta ainda que os efeitos da falta de sono podem ser sentidos na pele – literalmente.

“A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo composta principalmente por elastina, colágeno e glicosaminoglicanos”, escreve a pesquisadora, explicando que o estresse e o sono podem causar alterações no bom funcionamento desse órgão tão importante.

“Diversos trabalhos na literatura evidenciam que o sono desempenha uma função restauradora no funcionamento do organismo. Alterações nesses mecanismos podem afetar a produção de colágeno”, exemplifica. A consequência é o envelhecimento precoce da pele.

Ou seja: melhor dormir direitinho!

Um artigo publicado na revista da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia sugere: adolescentes (14-17 anos) devem dormir em torno de 10 horas por dia; adultos (18-64) devem dormir de 7 a 9 horas por dia; idosos (65+) devem dormir de 7 a 8 horas por dia. As crianças é que precisam dormir mais: nos primeiros dois anos, não é aconselhável que durmam menos de 9 horas ou mais de 15 ou 16 horas. Dos 3 aos 5 anos, 10-13 horas são suficientes. Dos 6 aos 13 anos, 9 a 11 horas de sono bastam.

Skelt

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