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Manual do amor na quarentena

O tempo estimado para leitura do post é 3 minutos

Enquanto o isolamento se estende, como fica a vida em casal? 

Neste Dia dos Namorados, batemos um papo com a psicóloga Mariella Braga, doutora em Psicologia Comportamental pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que deixou grandes dicas para superar os desafios e preservar o amor durante a quarentena.

Confira!

O parceiro não respeita o meu espaço de trabalho. E agora?

“As regras precisam ficar claras”, sugere a profissional. “Sentem os dois juntos, quando estiverem bem emocionalmente e tranquilos; evitem resolver isso cansados ou irritados. Optem pelo fim de semana, de repente até abrindo um vinho, e então escrevam as regras no papel.”

Depois, conversem sobre essas regras e expliquem a importância delas neste momento – profissionalmente e emocionalmente. Deem preferência a um ambiente favorável. Deem atenção ao cheiro e à temperatura, por exemplo. 

“Os cinco sentidos são o acesso que o nosso mundo exterior tem para o mundo interior. Então, quanto mais informação positiva nós dermos aos nossos sentidos, mais nós estaremos nos alimentando de coisas boas”, diz Mariella.

Outra sugestão é praticar a gratidão. “Quando suas regras forem respeitadas, elogie, fale sobre isso. Faça uma troca de emoções e sensações que você teve ao longo do trabalho para que o outro se sinta parte do processo.”

Serviços de casa são dever de quem?

“Não se pode ficar nessa noia de cobrança de divisão igual de tarefa”, ressalta a psicóloga. Isso porque, justifica ela, uma pessoa sempre acaba assumindo mais responsabilidade do que a outra.

“Se você naturalmente consegue que essa divisão aconteça, ótimo, mas se não consegue pode se tornar extremamente chato, reclamão, irritado… Isso não é interessante. Pode se tornar um ponto muito grande de atrito num momento de quarentena.”

Mais uma vez: sentem e conversem sobre as tarefas. Tentem pegar para si o que cada um mais gosta de fazer. O diálogo é fundamental.

Como lidar com o universo emocional do parceiro?

“Não há resposta fácil a essa pergunta”, começa Mariella. “Todos nós estamos descobrindo como nos sentimos e posicionamos diante de tantas perdas, faltas e mudanças. A sensibilidade está à flor da pele para todos.”

A dica da profissional é observar quando o parceiro está precisando mais de você e quando você está precisando mais dele. “Porque irritados, tristes, alegres, todos estaremos uma hora ou outra. O importante é entender quando o outro está mais fragilizado. E aí oferecer o que se tem de bom e vice-versa.”

Segundo a psicóloga, esses hábitos criam um padrão comportamental generalizado de entendimento e afetividade e não de cobrança e irritabilidade. “Se você pautar essa relação na generosidade, ela vai ser muito mais produtiva e vai acalmar e engrandecer o outro.”

E mais: sempre reforce os comportamentos positivos. “Dê um beijo, faça um carinho… Agora é a hora de focar no positivo”, aconselha.

Como manter a chama acesa?

“A primeira coisa é cada um ter sua rotina separadamente”, pontua. Ou seja: trabalho, exercícios e leitura podem ser atividades individuais, por exemplo. Vejam-se no almoço e no jantar. 

“Estabeleçam um único momento do dia para falar de coisas a fazer. Esqueçam isso depois. O último momento, à noite, não pode ser de cobrança. Tem que ser do casal”, coloca Mariella. “Importantíssimo, também, tentar manter a rotina de autocuidado.”

Por fim, descubram coisas novas e façam juntos, como uma aula ou um jogo. “Encontrem formas diferentes de interagir. Leia coisas novas e conte ao parceiro… Dê estímulos positivos por meio dos cinco sentidos. O cérebro precisa de novas sinapses para não deixar o interesse morrer.”

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